sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Assombrações do Rio Antigo O Beco da Morte


Insólito
Escrito por Giselle Sato

 Ruas estreitas de paralelepípedo serpenteiam as imediações. Abrem-se em incontáveis caminhos, vielas, atalhos e becos. O centro da cidade um dia foi nobre. Esquecido e sem preservação, tornou-se uma opção de aluguéis baratos em prédios desvalorizados.

 O velho edifício sobreviveu ao tempo e abrigava muitos inquilinos. Próximo ao Instituto Médico Legal. A entrada principal fazia esquina com um beco mal afamado. Pior endereço, impossível. Gritos e discussões eram constantes a qualquer hora.
        Algumas vezes o mau cheiro e as moscas varejeiras invadiam os lares. O Rio de Janeiro é uma cidade maravilhosa, mas também tem seus bueiros.
        Alzira odiava morar no quarto e sala abafados, odiava escutar a televisão no volume máximo  o dia inteiro. Odiava ser vizinha do necrotério.   Do décimo segundo andar, acompanhava uma confusão pela janela escancarada. A mãe gritou mais uma vez:
        — Alzira, Alzira, rápido, rápido...
        — O que é agora? Fome, sede ou banheiro? - A mãe  tinha o aspecto cadavérico e o olhar penetrante.
        — Estou molhada. Preguiçosa.
        Alzira trincou os dentes e começou a tirar as roupas sujas de mijo. Era a terceira vez naquele dia. Quando a mãe queria, pedia para ir ao vaso sanitário.
        — Está faltando água, como vou lavar tudo isto?
         A velha mostrou a língua e deu uma risada.
        — Alzira, Alzira, não presta pra nada, vai morrer solteirona e pobre. Apodrecer neste lugar imundo. Fedor. Fedor de defunto podre.
        A mulher jogou as roupas no tanque mínimo e ficou olhando as peças acumuladas, a pilha cada vez mais alta. Aquela era ela, saturada e regurgitando o dia a dia.
        Cinco anos tomando conta da doente. O hospício fechou as portas e mandou  todos os pacientes para casa. Uma reportagem alertou sobre maus tratos e excesso de óbitos. A instituição perdeu o apoio do governo. Deixaram a velha senhora na calçada do edifício. O porteiro só entendeu que aquela era a mãe da Dona Alzira do 1012.
        Demência. Alzira percorreu muitos hospitais em busca de vaga para internação. Não conseguiu nada e a mãe foi ficando. Quando as crises tornavam-se  insuportáveis, levava a enferma para o pronto socorro . O pai faleceu logo em seguida, muito desgostoso não teve forças para lutar contra a tuberculose.
        Com a pequena pensão, levavam uma vida muito humilde e reservada. Tudo isto era suportável até que começaram as pragas. Terríveis  pragas rogadas o tempo inteiro. Corroíam e provocavam sentimentos rancorosos.
        Alzira estava perdendo o controle. O ódio, o cansaço e a miséria venciam a integridade.
        Fevereiro era um mês enlouquecedor, 40 graus e falta d’água eram comuns. Todos sabiam que as geladeiras do necrotério estavam abarrotadas de corpos. Véspera de carnaval, feriado, falta de pessoal e o fedor invadiu os apartamentos.
        O ar impregnado provou reações diversas. A raiva contida explodiu e as pessoas começaram a jogar pedras no edifício do IML. Gritavam contra o sistema, governo, polícia e defuntos. Montaram barricadas de restos de lixo, pedaços de madeira, móveis velhos e pneus. Exigiam a remoção do excesso de corpos e uma solução para o ar pestilento.

O BLOCO

        Na rua principal, a situação estava completamente fora de controle. A rádio patrulha  encontrou todas as vielas de acesso obstruídas. Remanescentes de blocos carnavalescos, usando fantasia juntavam-se aos manifestantes. Mascarados e bate-bolas saltavam em piruetas enquanto as fogueiras queimavam.
        Alzira vestiu um camisolão preto e pintou o rosto com tinta branca. Desenhou olheiras e colocou uma velha peruca azul. Queria espairecer, dar uma volta e aliviar as tensões. A mãe, neste exato momento, rogou uma enxurrada de pragas. Foi a gota d’água.
        Enrolou a doente na capa da fantasia e prendeu um chapéu de bruxa. A velhinha   estava gostando da novidade e não opôs resistência: Vamos para o carnaval, está ouvindo a confusão? Tem festa na rua.
        O elevador estava concorrido e a gritaria era geral. Na ânsia de assistir e participar do tumulto, ninguém prestou atenção. Passaram anônimas até ganhar a rua. O Beco estava apinhado de batuqueiros bebendo e fazendo arruaça.
        No meio do povo a mãe quis voltar, gritou e ninguém ouviu. Foram sendo arrastadas pelas ruas. Quando estavam quase em frente à Cruz Vermelha, Alzira deu um jeito de sair da multidão. Fugiu para a calçada e ficou parada, respirando fundo. O medo do que acabara de fazer era uma mistura de alívio e remorsos.
        Algum tempo depois a polícia tomou a rua principal com suas bombas de efeito moral e jatos de água. Houve trocas de tiros, bandidos aproveitaram para revidar, inocentes foram baleados e pisoteados na confusão.
        Dentro do botequim da esquina do Beco, um grupo seleto bebia tranquilamente. Portas arriadas e televisão passando o desfile das escolas de samba. Alzira estava sentada no canto, dividindo a mesa com um grupo de travestis, fingia interesse nas piadas.
        O italiano, dono do estabelecimento, serviu  uma cerveja gelada :Dona Alzira, quanto tempo, está de folga da mãezinha?
        Quase engasgando com a bebida, a mulher deu uma risadinha.
        — Minha prima levou para Caxias. Vai passar um tempo por lá.
       —  Que bom. Então aproveite, amanhã tem o Bola Preta. Imperdível.
        — Verdade. Imperdível.
        Várias batidas na porta de ferro e um palavrão bem mandado:Seu Aylton, de novo...já disse que não posso vender cerveja fiado.
        — Não quero nada não, ô da Itália. Vim chamar Dona Alzira. A mãe dela está fazendo o maior escarcéu na portaria.
        Alzira saiu apressada mal acreditando no que o porteiro dizia. A madrugada quente e a rua completamente deserta: Não estou achando a menor graça, onde está minha mãe?
        — Estava ali, juro. Gritou seu nome um monte de vezes. Vai ver foi para outro canto.
        Juntos deram a volta no quarteirão e nada encontraram. O porteiro não parava de se benzer e falar de alma penada e outras assombrações.
        Alzira encostou o homem medroso na parede:
        —  O senhor esqueça esta história de fantasma ou vou fazer queixa. Isto é excesso de cachaça - O porteiro jurou nunca mais tocar no assunto.

        O  DESFILE
        As semanas seguintes passaram sem qualquer notícia. Alzira não queria saber se a mãe estava viva ou morta. Aos poucos, os meses trouxeram alívio. Começou a fazer novas amizades e frequentar o clube da terceira idade.
        O ano terminou e chegou o carnaval. Alzira admirava os adereços da fantasia. Estava endividada até o ano seguinte sem remorsos. Desfilar pela escola de samba era seu maior sonho. Sentiu-se uma rainha, vestida de colombina.
        Na concentração, o momento máximo da entrada da escola. Bateria esquentando, o grito de guerra do puxador e a arquibancada lotada. Apesar do alardeado produto desinfetante o canal do mangue estava de amargar.
        Quando a escola estava toda montada, fogos de artifício explodiram no céu da Avenida Presidente Vargas. Nada mais importou, o povo aplaudiu de pé o imenso carro alegórico do abre alas.
        Alzira era só emoção. Queria aproveitar cada segundo. No meio da ala reconheceu a figura da mãe . Ela estava rodopiando com as baianas, dançando com o mestre-sala e porta-bandeira. Indo e vindo com os passistas, no meio da bateria... em todos os lugares...Cada vez mais perto, apontava a filha, acusando e perseguindo...
        O socorro médico retirou a componente da escola em pleno desfile. A mulher gritava coisas inteligíveis e agredia quem se aproximasse. Amarrada na  ambulância , Alzira tentava de todas as formas avisar sobre a presença da morta. Os enfermeiros aplicaram nova dose de calmantes:
         Rapaz , a mulher não fala coisa com coisa e quase estragou o desfile. Tentou me morder, imagine...
        — É o carnaval, amigo. Acho que ela está piorando, manda  o motorista acelerar. Meu Deus! Está sentindo este cheiro de podre?
        A sirene berrou no trânsito caótico, não havia como driblar a multidão...o odor nauseante de corpos em decomposição...e o hospital cada vez mais distante...
        Alzira escutava cada palavra sem conseguir emitir qualquer som. Queria contar de onde vinha aquele cheiro de morte ... queria voltar para casa...queria que eles tirassem a mãe da cabeceira da maca...


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

SIMBOLOS DA NOVA ERA!

Símbolo Oficial da sociedade Teosófica
No alto, a cruz suástica, que simboliza o movimento cósmico; no centro a estrela de Davi, que representa os processos de involução e evolução; dentro da estrela a cruz com laço, símbolo de perversão sexual, contra a pureza sexual criada por Deus. E, em volta a serpente que representa Satanás.
Símbolo da Besta
O número 666
Este número tem qualidades sagradas e por isso, deveria ser usado com maior freqüência possível para representar a Nova era, segundo os ensinamentos da Alice Bailey, suma-sacerdotiza da Sociedade Teosófica.
Arco-Íris
É o símbolo principal da Nova Era, mas apresentado só a metade! Ele representa a ponte entre a alma humana individual e a "Grande Mente Universal" ou "Alma Universal", que é Lúcifer. Também é considerado como "Ponte Mental" entre o homem e as energias cósmicas e a cidade de Shambala, governada por Lúcifer. Na Bíblia, o arco-íris é o símbolo da Aliança entre Deus e o Seu povo.
Yin Yang
Representa o equilíbrio entre as forças contrárias: negativo e positivo, bem e mal, preto e branco. O bem e o mal é a mesma coisa, apenas são vibrações altas ou baixas. Assim, a Nova Era afirma que Deus e Lúcifer se completam, pois as forças opostas são parte da mesma perspectiva divina.
Borboleta
A borboleta é o símbolo próprio dos adeptos da nova era ou dos "aquarianos". Como a lagarta entra no casulo, transforma-se e sai em forma de borboleta, assim a humanidade passa de uma era antiga, transforma-se em todos os sentidos e entra na nova era.
Signo de Lúcifer
Este sinal é o símbolo da bandeira de Lúcifer. O círculo representa o planeta Terra como reino de satanás. O ponto são os homens, instrumentos a serviço deste reino
Estrela de Davi em Círculo
É usada pelo movimento Nova Era como símbolo da unificação da humanidade com as forças cósmicas.
Estrela de Davi com seis Pontas
Simboliza os processos de involução e evolução. Com efeito; o triângulo que aponta para baixo, apresenta a involução da energia divina que desce às formas mais boçais, ao passo que o triângulo voltado para cima indica a ascensão dos seres quer entendem a se divinizar cada vez mais.
Estrela de cinco pontas
As duas pontas para cima, significam Lúcifer e seu reino; duas pontas para baixo, significa o homem como deus, no lugar de Deus. e símbolo da adoração a Satanás já estabelecida em, várias partes do mundo. Alguns conjuntos musicais de "Rock" adoram este símbolo para garantir sucesso.
Chifre
Usado em colares, pulseiras, brincos, etc. Simboliza o afastamento de fluídos negativos (mal olhado, olho gordo...).
Mão Chifrada
Usado por artistas ligados à música (principalmente Rock) e seus fãs. Simboliza o louvor em rituais satânicos.
Cruz virada para baixo
Usado por grupos de Rock e adeptos da Nova Era. Simboliza zombaria da cruz de Jesus. Usado também em rituais satânicos.
SS
Usado por grupos nazistas e grupos de Rock também em roupas, broches, tatuagens, etc. Simboliza o louvor e invocação de satanás.
Raio
É o reconhecimento do poderio de satanás, senhor, Satã, e a disposição de estar a seu serviço.
Besouro
Símbolo que mostra que a pessoa que usa tem poder dentro do satanismo.
Lua-Estrela
Usados em roupas, endereços, artes e também em centros espíritas. Simboliza poder para transportar através do cosmos.
Pirâmide
É tida como elemento que capta a energia cósmica e beneficia as pessoas dando sorte nos negócios.
Olho de Lúcifer
Simboliza o olhar de satanás sobre as finanças do mundo. ( ver nota de um dólar).
Cruz Suástica
Para o Movimento Nova Era simboliza o movimento cósmico . É bem conhecida sua conotação com a pessoa de Adolf Hitler e seu movimento nazista que dizimou milhões de seres humanos na Segunda guerra mundial. É conhecido, também no Brasil e em outras partes do mundo, o renascimento deste movimento nazista. A cruz suástica é inspiração de chamberlain, um vidente satânico e conselheiro de Hitler. Foi ele que inspirou a Hitler as idéias de um reino de terror e poder.
Anarquia
O movimento prega a destruição de toda e qualquer organização que não queira se integrar ao novo sistema. Declara a anarquia do inferno a essas organizações que resistem à adesão universal.
Cruz Satânica ou Cruz da Confusão
O nome por si já diz o que significa, qual o seu uso, e o objetivo do porque usa.
Cruz de Nero
É uma cruz de cabeça para baixo, também chamada de "pé-de-galinha". Simboliza a "verdadeira" paz sem Cristo. O pé-de-galinha é uma cruz com os braços quebrados e caídos. O círculo representa o inferno. Na década de 60 foi usada pelos hippies; também foi símbolo de ecologia no mundo, pois representa uma árvore de cabeça para baixo.
Urano
Amor à natureza que se expressa através dos movimentos ecológicos. Urano simboliza a harmonia com o cosmo, adoração à deusa Gaia, o que eles chamam de "Lado feminino de Deus" .
Unicórnio
É o símbolo da liberdade e promiscuidade sexual: homossexualismo, lesbianismo, heterossexualismo, fornicacionismo, sexo grupal, etc.
Cruz com laço
Simboliza o desprezo da virgindade, troca da parceiros conforme a escolha pessoal. O movimento Nova Era ensina que a sexualidade é a parte que purifica o ser humano, eleva o espírito e embeleza o corpo. É a volta ao paganismo antigo, cujos "deuses" promoviam as danças com barulho excessivo, as orgias, a prostituição ritual, etc.
Casal Transpessoal
Símbolo do fim do casamento representado pela letra ômega, última letra do alfabeto grego. Os adeptos da Nova Era dizem que o ser humano não deve pertencer a nenhuma família possessiva, mas deve ficar sempre livre para buscar outros parceiros.
Pomba com Ramo
Simboliza a paz à qual tendem os aquarianos, na esperança de que as águas de Peixes sequem para dar lugar à Nova Era.
Cabeça de Bode
É um símbolo de zombaria ao contrário ao cordeiro de Deus "Jesus".
Mancha
Usada principalmente em automóveis. É uma gota de sangue em zombaria ao sangue redentor de Jesus.
Netuno
Simboliza a transformação das crenças. A cruz para baixo significa que todas as crenças serão destruídas para que o planeta Terra seja governado por Maitreya o "Novo Messias"
Plutão
Simboliza a "união planetária, construção da "Aldeia Global, é o novo nascimento do planeta Terra com a união sem fronteiras, acima de credos, cor e raça. Simboliza também a "paz universal "dentro da nova era.
Olho de Lúcifer
Usado em roupas e outros meios. Simboliza o olho de satanás vendo tudo e chorando por aqueles que estão fora do seu alcance (judeus e cristãos principalmente).